No mercado de fundos imobiliários e fiagros, códigos como KNRI11, SNAG11, SNFZ11, OIAG11 e IBBP11 aparecem com frequência. Esses tickers representam fundos listados na B3 e cada um tem uma proposta de investimento distinta.
Para quem deseja investir com foco em renda passiva e diversificação, compreender o que significa cada sigla é essencial. Neste guia, você vai conhecer os principais detalhes desses fundos e aprender a diferença entre os tipos de ativos disponíveis na bolsa.
O que são tickers e por que terminam em “11”
Na bolsa de valores, cada ativo é identificado por um código chamado ticker. Nos fundos imobiliários e fiagros, esse código termina sempre em “11”, o que indica que se trata de cotas de fundos listados na B3.
As letras iniciais se referem ao fundo ou à gestora. Isso facilita a identificação e a negociação, permitindo que o investidor saiba rapidamente do que se trata apenas olhando o código.
KNRI11 – Kinea Renda Imobiliária
O KNRI11 é um fundo de tijolo criado pela gestora Kinea. Seu foco está em lajes corporativas e centros logísticos de alto padrão, gerando renda por meio da locação desses imóveis.
Além da distribuição mensal de dividendos, o fundo busca valorização patrimonial. É uma das opções mais tradicionais e líquidas do mercado de FIIs, indicado para quem procura estabilidade e diversificação.
SNAG11 – Suno Agro
O SNAG11 é um FIAGRO de papel, estruturado como um FDCA (Fundo de Direitos Creditórios do Agronegócio). Seu foco está em CRAs – Certificados de Recebíveis do Agronegócio, que são títulos de dívida emitidos por empresas do setor.
Na prática, o fundo gera renda a partir dos juros pagos por esses papéis. A compra de imóveis rurais ou cotas de outros fundos pode ocorrer, mas não é o centro da estratégia. Trata-se de uma forma indireta de investir no agronegócio.
SNFZ11 – Suno Fazendas
O SNFZ11, diferente do SNAG11, é um FIAGRO de tijolo. Ele investe em imóveis rurais, especialmente fazendas produtivas. Sua receita vem principalmente do arrendamento agrícola, ou seja, do aluguel das terras para produtores.
Esse modelo permite ao investidor participar tanto da renda recorrente quanto da valorização do patrimônio físico. É uma forma de ter exposição direta ao setor agro sem precisar comprar uma fazenda.
Diferença entre SNAG11 e SNFZ11
- SNAG11: FIAGRO de papel, focado em títulos de crédito como CRAs.
- SNFZ11: FIAGRO de tijolo, voltado para imóveis rurais e arrendamento.
Essa distinção entre fundos de papel e de tijolo é essencial para o investidor entender como cada um gera valor e quais riscos estão envolvidos.
OIAG11 – Ourinvest Innovation
O OIAG11 é um FIAGRO de crédito estruturado, administrado pelo Banco Ourinvest. Sua proposta é inovar, investindo em títulos ligados a projetos de tecnologia, infraestrutura e modernização do agronegócio.
Esse posicionamento diferencia o fundo de outros fiagros de crédito mais tradicionais. O objetivo é unir renda recorrente com exposição a segmentos inovadores do setor agro.
IBBP11 – inVista Brazilian Business Park
O IBBP11 é um fundo de tijolo focado em galpões industriais dentro do Brazilian Business Park, um dos maiores complexos industriais do país.
A receita vem da locação desses espaços, que possuem localização estratégica e padrão construtivo elevado. É indicado para quem busca dividendos regulares ligados ao setor logístico e industrial.
Outros tickers importantes para conhecer
Além dos fundos já citados, o mercado conta com diversos tickers populares. Veja alguns exemplos com suas categorias:
- MXRF11 – Maxi Renda, fundo de papel com grande liquidez e diversificação.
- HGLG11 – CSHG Logística, fundo de tijolo voltado a galpões logísticos.
- HGBS11 – CSHG Brasil Shopping, fundo de tijolo especializado em shoppings.
- XPLG11 – XP Log, fundo de tijolo com foco em centros de distribuição.
- VISC11 – Vinci Shopping Centers, fundo de tijolo de shoppings.
- BTLG11 – BTG Logística, fundo de tijolo de galpões e indústrias.
- RBRF11 – RBR Alpha Fundo de Fundos (também chamado RBR Alpha Multiestratégia), um FoF diversificado.
- RZAG11 – Riza Agro, fiagro de crédito com foco em CRAs.
- VGIA11 – Valora Agro, fiagro de crédito estruturado.
- CPTR11 – Capitânia Renda Corporativa, fundo de tijolo de lajes comerciais.
Principais vantagens
- Dividendos mensais, criando renda passiva.
- Diversificação entre imóveis físicos, crédito e agronegócio.
- Acesso a ativos de alto valor com baixo aporte inicial.
- Liquidez via negociação em bolsa.
Riscos que devem ser avaliados
Cada tipo de fundo apresenta riscos distintos. Nos FIIs, existe o risco de vacância dos imóveis, quando permanecem sem inquilinos. Nos fiagros de papel, o risco é a inadimplência dos devedores. Já nos fiagros de tijolo, como o SNFZ11, o risco principal é o não arrendamento das terras.
Por isso, é essencial analisar relatórios, a qualidade dos ativos e manter uma carteira diversificada, diluindo riscos e equilibrando retornos.
Tabela comparativa
Ticker | Tipo de Fundo | Foco principal |
---|---|---|
KNRI11 | FII de tijolo | Lajes corporativas e centros logísticos |
SNAG11 | FIAGRO de papel (FDCA) | CRAs e crédito agro |
SNFZ11 | FIAGRO de tijolo | Imóveis rurais e arrendamento agrícola |
OIAG11 | FIAGRO de crédito estruturado | CRAs e projetos inovadores no agro |
IBBP11 | FII de tijolo | Galpões industriais e logísticos |
Vale a pena investir?
A decisão depende do perfil do investidor. Quem busca estabilidade e renda mensal pode se sentir mais confortável com fundos de tijolo como KNRI11 e IBBP11. Já quem acredita no crescimento do agronegócio pode se interessar por SNAG11, SNFZ11 e OIAG11.
O ideal é sempre diversificar entre diferentes setores e estratégias. Dessa forma, o investidor dilui riscos e aumenta as chances de retorno consistente no longo prazo.
Conclusão
Os tickers KNRI11, SNAG11, SNFZ11, OIAG11 e IBBP11 mostram como a bolsa de valores brasileira oferece formas variadas de investir em imóveis e no agronegócio. Cada fundo possui suas características próprias, mas todos permitem acesso a renda passiva e diversificação.
Ao entender a diferença entre fundos de papel, de tijolo e de crédito estruturado, o investidor toma decisões mais conscientes. Essa clareza é o primeiro passo para construir um portfólio sólido e eficiente no longo prazo.