O CDB é o Certificado de Depósito Bancário, título de renda fixa emitido por bancos para captar recursos. Ao investir, você empresta dinheiro à instituição e recebe juros como recompensa, com segurança suportada pelo Fundo Garantidor de Créditos. Essa proteção cobre até R$ 250 mil por CPF e por conglomerado financeiro, o que torna o CDB atraente para quem busca rentabilidade superior à poupança sem abrir mão de previsibilidade.
Pela combinação de simplicidade, liquidez variada e taxas competitivas, o CDB ganhou lugar de destaque nas carteiras de iniciantes e veteranos. Para aproveitar todo o potencial desse investimento, é fundamental entender detalhes como tipos de rentabilidade, prazos, tributação e critérios de escolha, pontos que você confere neste guia completo.
Por que conhecer o CDB em 2025
O cenário econômico atual apresenta CDI anualizado em torno de 14,9 %, patamar elevado em relação a ciclos recentes. Como grande parte dos CDBs acompanha esse indicador, o retorno real (descontada a inflação) está entre os melhores da renda fixa. Adotar o CDB na estratégia pode, portanto, acelerar o crescimento patrimonial, desde que se respeite perfil de risco e horizonte financeiro.
Além disso, bancos médios e plataformas digitais disputam investidores oferecendo percentuais acima de 100 % do CDI ou taxas prefixadas generosas, ampliando as oportunidades de ganho. Saber comparar cada oferta é o caminho para capturar essas vantagens, como veremos adiante.
Como o CDB funciona na prática
Empréstimo ao banco
Quando você compra um CDB, seu capital financia operações de crédito da instituição emissora. Em troca, o banco promete devolver o principal acrescido de juros na data de vencimento ou conforme regras de liquidez. Essa relação contratual é registrada eletronicamente e fiscalizada pelo Banco Central, garantindo transparência e reduzindo risco operacional.
Tipos de rentabilidade
Existem três estruturas principais. Nos prefixados, a taxa final é conhecida na aplicação, ideal para quem quer previsibilidade em cenários de queda dos juros. Nos pós‑fixados, o rendimento acompanha um índice, normalmente o CDI, variando conforme a política monetária. Já os híbridos unem componente fixo a índice de inflação, protegendo poder de compra e oferecendo ganho real.
Alguns bancos adicionam versões progressivas, aumentando o percentual do CDI conforme o tempo investido, incentivando prazos longos. Conhecer cada formato ajuda a equilibrar liquidez, rentabilidade e objetivos.
Exemplo de cálculo rápido
Suponha aplicação de R$ 10 000 em CDB que rende 110 % do CDI por um ano. Com CDI projetado em 14,9 % ao ano, o ganho bruto seria 16,39 % (14,9 % × 1,1), resultando em R$ 1 639 antes de impostos. Caso o mesmo valor fosse aplicado em CDB prefixado de 15 % ao ano, o resultado seria R$ 1 500. A comparação mostra como percentuais acima de 100 % do CDI podem superar taxas fixas em ciclos de juros altos.
Segurança e riscos envolvidos
Cobertura do FGC
O Fundo Garantidor de Créditos reembolsa valores até R$ 250 000 por CPF e por instituição, limitado a R$ 1 milhão renovável a cada quatro anos. Distribuir aplicações entre bancos diferentes dilui risco de crédito e mantém proteção integral.
Risco de crédito e liquidez
Bancos menores podem pagar mais, mas carregam maior probabilidade de inadimplência. Avaliar rating, histórico e indicadores de capital é prudente. Quanto à liquidez, títulos com resgate diário oferecem flexibilidade, porém tendem a pagar menos. Já prazos longos entregam prêmios melhores, exigindo disciplina para evitar saques antecipados.
Tributação e custos
CDB está sujeito a Imposto de Renda regressivo, retido na fonte. A alíquota parte de 22,5 % para resgates até seis meses e cai gradualmente até 15 % em períodos superiores a dois anos. Há ainda IOF nos primeiros trinta dias, zerando após esse prazo. Não há taxa de administração, e custos de plataforma, quando existem, são incorporados na taxa oferecida.
Quando vale a pena investir em CDB
Reserva de emergência
CDB de liquidez diária resigna parte do rendimento para garantir acesso rápido ao dinheiro, sendo alternativa mais rentável à poupança. Antes de escolher, confirme que a liquidez é D+0 ou D+1 e que o emissor é sólido.
Planos de médio e longo prazo
Objetivos como entrada de imóvel ou aposentadoria parcial se beneficiam de CDBs prefixados ou híbridos com prazos de três a cinco anos. A previsibilidade facilita projeções, enquanto a taxa prefixada trava retorno antes de ciclos de queda dos juros.
Como escolher e investir em CDB
Critérios de comparação
- Rentabilidade: verifique percentual do CDI ou taxa fixa e compare com CDI projetado.
- Prazo e liquidez: alinhe vencimento às metas para evitar resgates antecipados.
- Garantia: respeite limites do FGC por emissor.
- Valor mínimo: considere acessibilidade, que varia de R$ 1 a R$ 10 000.
- Rating do banco: consulte agências ou indicadores de solidez.
Passo a passo para aplicar
- Abrir conta em banco ou corretora autorizada.
- Transferir recursos via TED, Pix ou saldo interno.
- Acessar a aba de renda fixa e filtrar CDBs pelo critério desejado.
- Ler a lâmina do produto, conferindo taxa, carência e vencimento.
- Confirmar a aplicação e guardar comprovante eletrônico.
Todo processo costuma levar poucos minutos em plataformas digitais, sem papelada, tornando o investimento acessível mesmo para iniciantes.
Perguntas frequentes sobre CDB
Posso resgatar antes do vencimento?
CDBs com liquidez diária permitem saque antes da data final, mas CDBs tradicionais exigem esperar o vencimento. Algumas instituições oferecem recompra antecipada, porém, em geral, com perda parcial de juros.
CDB ou Tesouro Direto?
Ambos são renda fixa, mas o Tesouro é emitido pelo governo federal, sem FGC, e oferece liquidez diária pelo próprio Tesouro Nacional. Já o CDB depende do banco emissor, tem garantia do FGC e, muitas vezes, rende mais em percentuais elevados do CDI.
CDI e Selic são a mesma coisa?
Não. A Selic é a taxa básica definida pelo Banco Central, enquanto o CDI reflete juros de empréstimos diários entre bancos. Por andarem próximos, mudanças na Selic costumam influenciar o CDI, afetando CDBs pós‑fixados.
Conclusão: transforme conhecimento em ação
Compreender o mecanismo, os riscos e as possibilidades do CDB permite decisões mais seguras e alinhadas a metas pessoais. Agora que você domina tipos de rentabilidade, tributos e critérios de escolha, reserve tempo para comparar ofertas, distribuir valores entre emissores distintos e acompanhar o CDI. Assim, seu capital trabalhará de forma eficiente, tirando proveito do ciclo de juros alto e consolidando um patrimônio sólido ao longo dos anos.
Adote uma estratégia disciplinada, reinvista os juros sempre que possível e revise aportes periodicamente. O CDB, quando bem utilizado, é peça‑chave para quem deseja equilibrar segurança, liquidez e rendimento, avançando rumo a objetivos financeiros ambiciosos com confiança e controle.